Primeira mulher a presidir o Instituto Paranaense de Direito Eleitoral, Ana Carolina Clève concedeu entrevista, no dia 12 de novembro, à BandNews FM Maringá para abordar a participação feminina na política, visando as eleições municipais do ano que vem. Terceira maior cidade do estado, Maringá não tem nenhuma mulher entre seus 15 vereadores em exercício.

Para Carol Clève, além das cotas de gênero e as cotas financeiras para campanhas femininas, a eleição de 2020 poderá aumentar a participação feminina por ser a primeira sem coligações nas eleições proporcionais. “Os partidos serão obrigados a buscar candidaturas viáveis, não vão mais poder colocar as mulheres apenas para compor chapa e cumprir as cotas. Além disso, o Ministério Público e a Justiça Eleitoral estão muito atentos às candidaturas laranjas”, disse.

A advogada ressaltou no entanto, que não basta apenas oferecer vagas como candidatas e recursos financeiros, é preciso atrair o interesse da mulher para a política e formá-las para a vida pública. “Por isso o Iprade vem estruturando parcerias com a Assembleia Legislativa e com o Tribunal Regional Eleitoral para capacitar mulheres interessadas na atividade pública. Os partidos políticos também precisam dar o espaço às mulheres, nas suas direções, em movimentos de mulheres, em todas as suas atividades”.

A presidente do Iprade também comentou sobre como combater fakenews num processo eleitoral e explicou a participação da entidade na audiência pública para debater candidaturas avulsas convocada pelo Supremo Tribunal Federal.

Confira a íntegra da entrevista: