Pesquisadores afirmam que o modo de funcionamento das redes sociais contribui para essa realidade

Fonte: TRE-PR

A probabilidade de uma fake News, ou notícia falsa, ser compartilhada nas redes sociais é até 70% maior do que a de uma notícia verdadeira. Essa é uma das conclusões de um estudo realizado por pesquisadores americanos e divulgado na revista Science desta semana. Segundo o estudo, ao contrário do que se imagina, são as próprias pessoas os maiores culpados pela difusão dessas informações e não os robôs que as replicam de forma automatizada. Isso ocorre porque geralmente o conteúdo das notícias falsas é percebido como mais “saboroso” do que o de uma notícia real.

Ainda de acordo com os cientistas, o mecanismo de funcionamento das redes sociais incentiva a propagação das notícias falsas.  Como a remuneração para quem publica conteúdo se dá em função do número de “cliques” que a matéria recebe, uma manchete impressionante ou surpreendente (mesmo que não seja verdadeira) é uma armadilha para conquistar leitores.

Vale lembrar que o combate às fake News é uma das grandes preocupações do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, no que tange as eleições deste ano. Para conseguir atingir esse objetivo, a Justiça Eleitoral encontra dois grandes desafios. Um deles é definir claramente quais conteúdos devem ter sua publicação impedida ou suspensa para que não seja lesado o direito à liberdade de informação, pois o objetivo é garantir a lisura e o equilíbrio da disputa eleitoral. O outro grande desafio a ser enfrentado pela Justiça Eleitoral é rastrear os responsáveis pela divulgação das notícias falsas, uma vez que grande parte dos provedores de internet em que são publicados esses conteúdos está localizada fora do país.

Para se evitar a circulação das fake News, algumas medidas são importantes, como verificar a fonte da notícia, certificar-se de que outras fontes com credibilidade noticiaram o mesmo conteúdo, checar a data de publicação (por conta da questão do contexto) e não compartilhar informações duvidosas.